sexta-feira, 19 de julho de 2013

Evo Morales se desculpa por incidente com avião de Celso Amorim em 2011

O presidente da Bolívia, Evo Morales
O presidente da Bolívia, Evo Morales: oficialmente, a informação é que o avião usado por Amorim em viagem à Bolívia foi vistoriado para investigar se havia drogas no local.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu desculpas nesta sexta-feira ao governo brasileiro porque agentes antinarcóticos revistaram sem permissão em La Paz em 2011 o avião do ministro da Defesa, Celso Amorim.
Morales pediu "desculpas ao povo brasileiro e a seu governo" em entrevista coletiva na qual disse ter se inteirado do incidente nos últimos dias através da imprensa.
O presidente acrescentou que sua "Chancelaria e a embaixada brasileira já haviam remediado o problema, mas não é suficiente" por isso, através do Ministério de governo, foi iniciada uma "profunda investigação" para "tomar medidas drásticas" contra os autores da revista.
Os policiais não podem violar convênios e tratados internacionais com o pretexto da luta contra o narcotráfico, acrescentou.
"Não é por ordem do presidente, nem do vice-presidente, nem do gabinete. Sinto que alguns oficiais exageraram sob pretexto de luta contra o narcotráfico e não (respeitaram) aviões oficiais", comentou o líder boliviano.
O governo federal confirmou nesta semana em comunicado que houve "ações por parte de autoridades bolivianas que configuraram violações da imunidade de aeronaves" da Força Aérea Brasileira, "uma delas com o avião que transportou o ministro da Defesa em uma viagem oficial a La Paz no final de outubro de 2011".
"O ministro da Defesa nunca autorizou a inspeção" e o governo enviou uma "reivindicação" à Chancelaria boliviana através de sua Embaixada em La Paz, segundo uma nota emitida pelo Ministério.
A notícia da revista do avião de Amorim em La Paz surgiu no auge da polêmica sobre o episódio em que o avião presidencial boliviano foi impedido de sobrevoar e aterrissar em vários países da Europa e passou 13 horas em Viena durante sua volta da Rússia para a Bolívia no início do mês.
A primeira versão da imprensa sobre o incidente que envolveu Amorim informava incorretamente que a polícia requisitou o avião para verificar se a bordo viajava escondido o senador opositor boliviano Roger Pinto, exilado na embaixada do Brasil desde maio de 2012.
A versão foi desmentida pelas autoridades dos dois países, já que a inspeção da aeronave de Amorim aconteceu em 2011.
Morales ratificou aos veículos imprensa que Roger não pode receber o salvo-conduto para ir ao Brasil porque há um impedimento judicial para ele sair da Bolívia por uma acusação de corrupção, embora o senador diga ser um perseguido político do governo boliviano.

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