Em posse, novo secretário de Segurança diz que vai melhorar o serviço de inteligência

Fernando Grella Vieira assume o cargo e avalia mudanças na cúpula da secretaria

REDAÇÃO ÉPOCA COM ESTADÃO CONTEÚDO

O novo secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, durante a cerimônia de posse. (Foto: Marcelo Camargo/ABr )

O ex-procurador-geral de Justiça Fernando Grella Vieira assumiu nesta quinta-feira (22) o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo. O governador Geraldo Alckmin e Antonio Ferreira Pinto, que foi exonerado do cargo de secretário de Segurança na segunda-feira (19), participaram da cerimônia de posse.

Em seu discurso, Grella disse que vai conciliar o combate ao crime e respeito aos direitos humanos. O novo secretário de Segurança afirmou que vai introduzir novas formas de atuação exigidas pelo momento atual.

Depois, conversou com jornalistas e disse que uma das primeiras medidas será melhorar o serviço de inteligência. Reportagem de ÉPOCA publicada no dia 9 de novembro mostrou que alguns setores avaliam que uma disputa entre a cúpula da Secretaria e a Polícia Civil esvaziou o serviço de inteligência, o que faz com que o Estado tenha dificuldade em determinar se os ataques a policiais militares são comandados pela cúpula do PCC ou se são obras de grupos menores. Grella afirmou ainda que o comando da Segurança pode sofrer mudanças, mas que o caso será avaliado nas próximas horas. 

Em seu discurso de despedida, Antonio Ferreira Pinto defendeu a atuação da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), disse que fez mudanças e valorizou a Polícia Civil. Na cerimônia, o governador Geraldo Alckmin elogiou a atuação de Ferreira Pinto e afirmou que Grella tem a experiência necessária para "dar mais um avanço e São Paulo continuar sendo um dos Estados mais seguros em termos de segurança do Brasil".

Grella afirmou que vai se reunir com as chefias das Polícias Civil e Militar e ouvir Ferreira Pinto. "Vou me inteirar dos dados. O desafio será enorme. A segurança pública é complexa. Vou abrir a pasta à sociedade, ouvir todos os segmentos. Sei que o trabalho será duro e o momento é sério", disse na quarta-feira (21).

Fonte: Epoca