quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Uma opção de carreira internacional


Aprovação de 893 vagas para oficial de chancelaria cria oportunidade para quem quer atuar na área da diplomacia


RIO - Vem aí nova oportunidade para quem quer representar o Brasil e ter experiência profissional em diferentes países no mundo. Em março deste ano, a presidente Dilma Rousseff sancionou lei que aprova a criação de 893 vagas para oficial de chancelaria. A data do concurso ainda não foi divulgada, mas a notícia é boa para aqueles que sonham em trabalhar na área de relacões internacionais e passam a contar com mais uma possibilidade além da carreira de diplomata.
O último concurso foi realizado em 2008. Atualmente, a carreira de oficial de chancelaria (ofchan) conta com 912 servidores lotados no Brasil — em Brasília e nos escritórios de representação em outros estados — e também nas repartições do Ministério das Relações Exteriores em outros países.
— Esse cargo permite acesso ao meio diplomático internacional — explica Marcello Bolzan, coordenador do Ideg (Instituto de Desenvolvimento e Estudos do Governo), curso preparatório que tem a diplomacia entre suas áreas de atuação.

SERVIÇO NO EXTERIOR É DESEJÁVEL
Profissionais formados em qualquer área de atuação podem se inscrever para prestar o concurso. O salário inicial do oficial de chancelaria está girando em torno de R$ 6 mil.
— A demanda se dá pelo grande número de embaixadas brasileiras abertas ao longo dos últimos anos pelo mundo. Muitas destas necessitam de uma estrutura que ainda está sendo criada. A abertura destas vagas visa a consolidar as representações brasileiras no exterior — afirma Tanguy Baghdadi, mestre em Relações Internacionais e coordenador do Curso Clio.

Após a nomeação, os candidatos aprovados são lotados no Ministério das Relações Exteriores e designados para Brasília ou para os Escritórios de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Brasil, por pelo menos dois anos.

Depois desse período, os profissionais têm a oportunidade de serem alocados no exterior. Embora o serviço em outros países não seja obrigatório, é critério utilizado para as promoções. Para chegar à Classe Especial, a última da carreira, é fundamental ter servido fora do país.
— Apesar de o salário ser mais baixo, os benefícios fora do Brasil são os mesmos de um diplomata, o que torna o cargo bastante atraente — diz Bolzan.

Segundo o coordenador do Ideg, muitas vezes o cargo é usado como “ritual de passagem” para a carreira diplomática, pois permite que o profissional continue estudando para o concurso do Instituto Rio Branco:
— Mas também há muitos que se apaixonam pela profissão e preferem continuar nela.
Bolzan explica que o oficial atua na “área do meio”, dando andamento aos processos diplomáticos. Em função disso, o cargo pode ter atuação bastante ampla: da organização de eventos ao acompanhamento de diplomatas em missões.

DESTAQUE PARA PORTUGUÊS E INGLÊS
As provas para oficial de chancelaria não costumam ser tão difíceis quanto as que são preparadas para os candidatos ao cargo de diplomata, embora elas também apresentem um alto nível de exigência. Quem já vem estudando para a carreira diplomática pode levar vantagem, em particular nas duas disciplinas mais cobradas:
— Quem vai começar a estudar agora precisa dar atenção especial a português e inglês, que são as matérias mais difíceis tanto para o concurso de diplomata, quanto para o de ofchan. Conhecer a banca, fazer provas antigas e exercícios é fundamental — conclui Bolzan.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/emprego/uma-opcao-de-carreira-internacional-5729569#ixzz233RxZVsI

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