sexta-feira, 24 de maio de 2013

ÁGATA 7 - FAB e Polícia Federal empregam VANTs em ação conjunta na fronteira com o Paraguai

A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Polícia Federal (PF) utilizam pela primeira vez em ação conjunta aeronaves remotamente controladas, conhecidas como VANTs (veículos aéreos não tripulados). 

Durante a sétima edição da Operação Ágata, a FAB opera duas aeronaves e a PF mais duas, a partir de São Miguel do Iguaçu, no extremo oeste do Paraná.
“O trabalho integrado amplia nosso raio de ação e permite um monitoramento ininterrupto, de dia e noite, em pontos de interesse”, explica o Comandante do Esquadrão Hórus, Tenente-Coronel Aviador Donald Gramkow. Além das ações de inteligência, os VANT`s também apóiam tropas do Exército que se deslocam na região sul. “Se suspeitos usam um caminho alternativo para fugir de uma barreira de fiscalização, por exemplo, nossas câmeras registram e temos condições de acionar o policiamento no solo”, afirma o Cel Gramkow.

Cada aeronave é pilotada de um centro de controle no solo que funciona em contêineres. O pequeno shelter repleto de telas de computadores em rede é dividido por pilotos e operadores de sensores. Câmeras de alta definição podem mostrar em imagens coloridas detalhes de um alvo observado. No modo infravermelho, as imagens em preto e branco permitem identificar pessoas à noite ou escondidas sob a copa de árvores. Pela primeira vez, a FAB também emprega um imageador radar, que pode mapear uma região mesmo com o céu encoberto por nuvens. Todas as imagens captadas pelo VANT durante a Operação Ágata são transmitidas em tempo real ao Centro de Comando das Operações Aéreas, em Brasília.

O VANT da FAB, que pode ser empregado em qualquer ponto do país, tem peso máximo de decolagem de 450 kg, voa por até 16 horas seguidas e tem raio de alcance de até 250 km. Pode voar a uma altitude de até 5.500 metros.

A sétima edição da Operação Ágata reúne as Forças Armadas e mais de 20 órgãos governamentais ao longo de quase 17 mil km de fronteira com dez países sul-americanos.
A FAB opera duas aeronaves e a PF mais duas, a partir de São Miguel do Iguaçu, no extremo oeste do Paraná.

Hermes 450: o vigilante das fronteiras brasileiras

A Força Aérea Brasileira (FAB) adquiriu dois Hermes 450 junto à empresa brasileira Aeroeletrônica, representante nacional da israelense Elbit Systems. O valor total da compra foi de mais de R$ 48,17 milhões, incluindo, além das aeronaves, uma estação em solo, sensores e apoio logístico.

Os dois Vants integram o Esquadrão Hórus, baseado em Santa Maria (RS), e estão em operação desde 26 de abril de 2011. A FAB planeja a aquisição de novas unidades nos próximos anos em bases nas regiões Norte e Centro-Oeste do País.

O Hermes 450 é equipado com sistemas óticos capazes de localizar e acompanhar alvos em tempo real tanto de dia quanto de noite, podendo voar por períodos de até 16 horas. O Vant é todo automático, mas o aviador gerencia todas as etapas da missão, podendo determinar uma rota de voo ou pilotar a aeronave manualmente. Entre os equipamentos está uma câmera colorida com zoom e um sistema que capta imagens por calor, possibilitando a localização de pessoas sob a copa de árvores. Dependendo da distância do alvo, segundo a FAB, é possível até mesmo descobrir se as pessoas estão armadas.

Sistema de Veículos Aéreos do Departamento de Policia Federal (SISVANT-DPF)


O Sistema Vant Heron 1 é composto pelo Vant, estação de controle de solo, sensores embarcados na aeronave, satélite e antena satelital (SatCom Link), que possibilita o controle total do Vant em voo e a recepção da imagens geradas epela veículo não tripulado.
 
Drone da PF à frente e o da FAB atrás (Foto: Tahiane Stochero/G1)
O Sistema Vant Heron 1 permite, dentre outras capacidades, fornecer imagem de um local ou área em tempo real, auxiliando o planejamento e a execução de operações pontuais desencadeadas pelo Órgão de Segurança Pública atuantes na região.

O Sistema de Veículos Aéreos do Departamento de Policia Federal (SISVANT-DPF) esta inserido em um projeto muito maior, que não se resume somente na utilização dos VANT para monitorar as áreas de fronteiras.

  

O SISVANT-DPF e 01 (um) dos 08 (oito) subprojetos que integram o Centro de lnteligência Policial e Analise Estratégica (CINTEPOL), iniciado em 2007, o qual, entre outras, terá a capacidade de monitorar as áreas de fronteira através das diversas ferramentas de inteligência (incluindo os VANT) com o cruzamento de todas as bases de dados integradas, produção de informações e  dados eficientes no combate a criminalidade, de um modo geral, mas, principalmente, o crime organizado.

A utilização de VANT decorre de varies fatores, que vai desde a necessidade, em razão da imensa extensão de nossas fronteiras, a carência de satélites nacionais, o baixo custo para obtenção de imagens, a transmissão de imagens em tempo real, a extensão continental de nosso país.

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