| O curso trata da inserção internacional do Brasil nos últimos 100 anos. Inicialmente examinará o paradigma criado pelo Barão do Rio Branco, de conformar o desenho do território nacional pela delimitação de todas as fronteiras e pela aproximação com a potência emergente no início do século XX: os Estados Unidos. Essa aliança manteve-se praticamente inalterada até o governo Costa e Silva, quando em várias instâncias o Brasil adotou posição de divergência crescente com Washington. Nas duas aulas finais, serão abordados os cenários alternativos que se apresentam ao país. Por um lado, a opção por uma inserção global com base nos valores e princípios da civilização ocidental, sem que isso signifique um alinhamento sistemático com as grandes potências. De outro lado, uma política de independência e contestação, nas linhas do que a Índia pratica, por exemplo, com forte ênfase nas relações Sul-Sul.
Coordenação e moderação: Luiz Felipe Lampreia
Início: 16 MAR Duração: 4 encontros semanais Dias/horários: Quartas-Feiras, às 20h (16/03, 23/03, 30/03, 06/04) Valor: R$ 160,00 na inscrição + 1 parcela de R$ 200,00 | |
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| | | 16 MAR | 1. O PARADIGMA CRIADO PELO BARÃO DO RIO BRANCO Presença internacional da Independência até a República. Com Rio Branco, prevalece o paradigma da aliança com os Estados Unidos que dura até 1968. Luiz Felipe Lampreia, Braz Baracuhy
23 MAR | 2. O NOVO PARADIGMA E O AFASTAMENTO DOS EUA O afastamento dos Estados Unidos e a criação de novo paradigma começa em 1968, com a recusa de assinar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Matias Spektor, Luiz Felipe Lampreia
30 MAR | 3. FHC E OS PRINCÍPIOS DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL A opção por uma inserção global com base nos valores e princípios da civilização ocidental. O governo FHC aprofunda e adapta o novo paradigma. Marcos Azambuja
06 ABR | 4. LULA E UMA POLÍTICA EXTERNA DE INDEPENDÊNCIA E CONTESTAÇÃO A opção por uma política externa de afirmação e desafio às grandes potências. A ênfase Sul-Sul. O governo Lula cria um paradigma distinto para a política externa brasileira. Marcos Azambuja, Luiz Felipe Lampreia
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| | | Luiz Felipe Lampreia. Foi ministro das Relações Exteriores de 1995 a 2000. Serviu como embaixador em Lisboa, no Suriname e perante os organismos internacionais em Genebra. Foi secretário-geral do Itamaraty.
Braz Baracuhy. Diplomata e especialista em Geopolítica. Atualmente serve na Missão do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra. Com formação acadêmica em Política e Relações Internacionais, é PhD (candidato) pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra e mestre pelo Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio. Mestre em Diplomacia pelo Instituto Rio Branco, onde foi professor de Teoria das Relações Internacionais. Foi "visiting scholar" do Departamento de Relações Internacionais da London School of Economics (LSE). Palestrante na LSE e na Universidade de Cambridge, Grã-Bretanha.
Matias Spektor. Coordenador do Centro de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV). Doutor pela Universidade de Oxford, Inglaterra. Foi funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) e pesquisador visitante na London School of Economics e no Council on Foreign Relations. Autor de "Kissinger e o Brasil" e organizador de "Azeredo da Silveira: um depoimento".
Marcos Azambuja. Foi embaixador do Brasil em Paris e em Buenos Aires, secretário-geral do Itamaraty e chefe da Delegação do Brasil para Assuntos de Desarmamento e Direitos Humanos, em Genebra. Coordenou a Conferência Rio-92 e presidiu a Fundação Casa França-Brasil de 2003 a 2006.
http://www.casadosaber.com.br/curso.php?cid=2470#
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