Pânico generalizado, violência e vandalismo, gerados por grupos paramilitares, têm sido registrados em importante pólo petroquímico e minerador. A região que herdou sérios problemas de delimitação de suas fronteiras é palco de inevitável conflito armado. Os Estados envolvidos na disputa, apesar dos ressentimentos históricos, vinham mantendo relações diplomáticas e, neste período, grandes investimentos foram feitos na área com recursos mútuos. Recentemente, entretanto, uma grave crise social atingiu um dos países e sérios problemas políticos e econômicos desencadearam o aumento da tensão política e o agravamento da crise. Tropas de ambos os lados já se encontram na linha balizada, bem como a instalação da defesa antiaérea nos pontos considerados mais sensíveis.
Esse é o cenário que cerca de 400 oficiais-alunos, das três escolas de altos estudos militares das Forças Armadas Brasileiras, a Escola de Guerra Naval (EGN), a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e a Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR) utilizarão para a realização do exercício de campanha AZUVER, a partir deste mês.
O AZUVER é um conflito armado fictício, motivado pela disputa da região conhecida como Topázio e realizado anualmente pelos oficiais-alunos da EGN, ECEME e ECEMAR. Os participantes trabalham em dez Estados-Maiores Conjuntos, sendo cinco grupos do país Azul e outros cinco do país Vermelho. O exercício é dividido em três fases distintas: planejamento do comando conjunto, planejamento das forças componentes e interação.
Os procedimentos do exame de situação da primeira e segunda fase são coordenados e controlados de forma conjunta, do nível operacional para o nível tático, e sem quebra de continuidade, cominando com a guerra de dupla-ação. A simulação é favorecida por meio de um sofisticado sistema desenvolvido pelo Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ), denominado "Projeto Marte". Os oficiais-alunos também contarão com o auxílio de software para o Cenário, máquina de simulação e do Portal de Resultados, que possibilitarão o planejamento das missões aéreas, o confronto dos planejamentos e a visualização da rede AZUVER, inclusive na ECEME e na EGN.
Na ECEMAR, novas instalações da sala dos jogos de guerra foram inauguradas para a execução do exercício simulado. O ambiente foi concebido com "layout" e equipamentos de tecnologia da informação e dispõe de sala de controle do jogo, de avaliação doutrinária e de arbitragem.
Os jogos são supervisionados e estimulados pelo Ministério da Defesa e tem como lema: "a visão integrada entre as Forças Armadas para a solução de operações militares", e não podem ser encarados como uma guerra com vencedores e vencidos. Com esse tipo de treinamento específico, o grande objetivo é levar aos oficiais-alunos a oportunidade de planejar e empregar o poder militar de forma conjunta, apresentada na teoria no Curso de Comando e Estado-Maior. Assim, o exercício AZUVER prepara os oficiais superiores que irão compor os diversos Estados-Maiores do Ministério da Defesa e das Forças Armadas Brasileiras.
Paralelamente, ocorre outro jogo de guerra exclusivamente para os oficiais-alunos das Forças Armadas de Nações Amigas: o jogo de guerra "Araribóia". Sob a coordenação da EGN e com a participação dos oficiais-alunos daquela escola e da ECEMAR, o exercício é um jogo de guerra seminário e unilateral, no qual os participantes buscarão um intercâmbio acadêmico, profissional e a integração. Esta é a primeira vez que se executa uma atividade neste modelo para os oficiais estrangeiros que realizam o Curso de Comando e Estado-Maior.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Jogos de guerra envolvem escolas de altos estudos militares
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É uma actividade que se deve alicerçar nos futuros oficiais das nossas Forças Armadas, mas que devem atender tendencionalmente para a sociologia politico-económica de cada País. Porquê? 1-Para fundamentar as teorias belicistas na intervenção de resolução de gritantes problemas nacionais e assumir assim uma mentalidade democrática e participativa de maior numero de pessoas. 2 Esta atitude maximiza conhecimentos científicos nacionais com os mesmos conhecimentos existentes no mundo, com a relativa proporcionalidade dos países na esfera global. 3 A democracia não é só teoria mas implica prática de aprendizagem quotidiana muito intensa de modo a que todos em conjunto construamos um sociedade mais igualitarista, apesar disso nunca ser possível. No entanto estes procedimentos fundamentarão uma melhor vivência inter-pessoal com todas as comodidades que o homem criou nestes tempo. A conjugação destes procedimentos antropológicos minimizaria GUERRAS entre estados e entre instituições que são formadas por homens (com corrupção, desnivelamentos, desigualdades, coisas assim assim e boas e más - tudo controlado e minimizadas). Não é utopia mas começa-se por estes jogos de Poder e sua relativa aplicação no quotidiano que já existe. 4 A viragem para interno mais que externo do pais permite um aprofundamento histórico, estratégico não com novidade pela novidade mas aproveitando e maximizando o já existente. É muito difícil esta execução pelo que alunos e oficiais militares terão aqui muito mais responsabilidades dado que estamos numa instituição tradicionalmente conservadora mas destruidora de novos modos de pensar. Passaríamos de pensamento belicista e mesmo bélico para operações de manutenção e sustentação de PAZ e mesmo a sua criação. Esta sociologia militar baseada em números, potencialidades pessoais e factos vivenciais catalisariam todas as outras instituições nacionais e posteriormente as internacionais. Não sendo isto novidade, até porque já existem países a executar estes procedimentos não tem sido possível conjugar o externo com o interno fora destas escolas. O mundo é maior que a escola e uns precisam dos outros.
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