Potências ocidentais cortam despesa com armas, tendência oposta à de Rússia, China e emergentes
Jamil Chade
CORRESPONDENTE / GENEBRA
Pela
primeira em 15 anos, os gastos militares no mundo sofreram uma
contração, puxados pela crise na Europa e nos EUA. Mas governos
latinoamericanos, China e Rússia continuam a expandir seus investimentos
em armamentos.
Na Europa,membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reduziram em
10%
os gastos militares. Com cerca de US$ 682 bilhões, os americanos ainda
lideram o ranking e têm gasto 5 vez maior que o da China. Mas, em 2012, a
contração no Pentágono foi de 6%. “O que estamos vendo é o que pode ser
o começo de uma transição no equilíbrio dos gastos militares mundiais
dos países ricos do Ocidente para regiões emergentes”, indicou Sam
Perlo-Freeman, do Instituto de Pesquisas da Paz de Estocolmo.
O
Brasil registrou uma leve queda em 2012, de 0,5%. Mas o País tem o 11.º
maior orçamento militar do mundo. Em dez anos, o aumento de gastos
militares no Brasil foi de 56%.
Na
América Latina, a Venezuela dobrou o investimento militar em dez anos
e, apenas em 2012, o aumento foi de 42%.O Paraguai, em um ano tumultuado
politicamente, teve a maior expansão, com 43% em 2012. Os dados globais
registraram contração de 0,5% nos investimentos bélicos, comumtotal
deUS$1,75 trilhão. É a primeira queda desde 1998.
Na
China, quinto maior exportador de armas e segunda maior em termos de
gastos militares, o aumento de seu investimento no setor foi em 7,8% em
2012, um total de US$ 166 bilhões.
Fonte: Estadão
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